Empresas brasileiras já sofrem com efeito cascata às vésperas de tarifaço de Trump

  • 02/08/2025
(Foto: Reprodução)
Tarifaço de Donald Trump causa cancelamento de pedidos de matéria-prima no Brasil Está marcado para quarta-feira (6) o início do tarifaço do presidente Donald Trump. Na prática, o decreto americano não afeta somente as empresas brasileiras com produtos agora sobretaxados. Prejudica toda a cadeia produtiva desses itens que, no ano passado, somaram US$ 14,5 bilhões em exportações para os EUA. Alguns deles foram desenvolvidos exclusivamente para clientes americanos e dificilmente terão outro comprador. São 400 golpes por minuto. Tempo que a máquina leva pra produzir 800 lâminas de aço. Essas peças são usadas na fabricação de bombas de extração de petróleo. Tudo feito sob medida pro cliente que está lá nos Estados Unidos. Por aqui ninguém sabe ainda se a empresa americana vai manter o contrato de 20 anos com a fábrica brasileira. Isso sim pode ser um golpe duro. Só esses produtos exportados pros Estados Unidos respondem por 20% do faturamento da empresa. E vão ficar 50% mais caros por causa do tarifaço de Donald Trump. "Esse produto é feito no mundo inteiro. A China é extremamente competitiva em mão de obra e tem matéria-prima barata, Ainda com uma taxa menor que a do Brasil, consequentemente a gente poderá ter um grande prejuízo”, afirma Moacir Matsuda, gerente comercial da empresa. Empresa que tinha contrato há 20 anos com os EUA está com futuro incerto por conta do tarifaço de Trump Reprodução Se o cliente dos Estados Unidos cancelar os pedidos futuros, não é só a fábrica de lâminas de aço, na Grande São Paulo, que perde a venda. O fornecedor do aço, que fica em Minas Gerais, também deixa de fazer negócio. O que reduz o faturamento das companhias de transporte, tanto a que traz o aço para a indústria, quanto a que leva o produto até os EUA. Um efeito em cadeia que já é uma realidade. Sem saber se a empresa americana vai continuar importando as lâminas de aço, a metalúrgica da Grande São Paulo cancelou as encomendas de matéria-prima para setembro. E quem transporta o aço, vindo de MG, vai ter que rever o planejamento também. “A gente vai ter que ofertar esse caminhão para outras rotas, para outros tipos de trabalho e isso prejudica a economia como um todo que vai ter uma oferta maior de veículos, com a movimentação menor de cargas, né?”, explica Tony Bernardini, CEO da transportadora. Busca por novos mercados O professor de economia da FGV Sergio Goldbaum, explica que as empresas taxadas podem ainda perder todo o investimento feito para conquistar os clientes americanos. E, segundo ele, a busca por novos mercados pode levar anos. “Você tem que adaptar o seu produto para aquele mercado externo, tem que às vezes atender especificações locais, às vezes até especificações sanitárias ou fitossanitárias para colocar o seu produto no mercado externo. Você não apenas perde um investimento de anos como você também não sabe o seu futuro imediato”, afirma o professor. Com um futuro incerto, a indústria que exporta há mais de 20 anos para os EUA suspendeu os planos de aumentar a produção. “Tínhamos uma projeção de melhoria, de expansão da fábrica, mas a gente agora tá em compasso de espera para ver como vai ficar. É um baque danado”, lamenta Matsuda.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/08/02/empresas-brasileiras-ja-sofrem-com-efeito-cascata-as-vesperas-de-tarifaco-de-trump.ghtml


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