Cooperativa de garimpeiros é condenada a pagar R$ 106,7 milhões por crimes ambientais no Amapá

  • 05/12/2025
(Foto: Reprodução)
Mineração ilegal no Amapá é alvo de operação da PF A Justiça condenou a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal) e seu ex-presidente por crimes ambientais em Calçoene, no Amapá. A decisão fixou indenização mínima de R$ 106,7 milhões para reparar os danos causados e reconheceu práticas como destruição de floresta, poluição com risco à saúde, mineração irregular e uso ilegal de mercúrio. O caso é resultado da Operação Minamata, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF). A investigação apurou trabalho análogo à escravidão, contaminação por mercúrio e mineração ilegal em garimpos do estado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Segundo o MPF, a Coogal funcionava como fachada para exploração de terceiros, enquanto o então presidente negociava mercúrio com estrangeiros. À Rede Amazônia, a defesa da cooperativa informou que vai recorrer da decisão. De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça em março de 2022, o ex-presidente da cooperativa explorou ouro e tantalita entre 2010 e 2017 sem cumprir a licença ambiental emitida pelo Instituto do Meio Ambiente do Amapá (Imap). Ele também foi acusado de usar mercúrio, substância tóxica e nociva à saúde e ao meio ambiente, em desacordo com a lei. O MPF afirma que a cooperativa apresentou planos de recuperação apenas formais, sem aplicação prática. Também descumpriu exigências das licenças ambientais, o que resultou em multas de R$ 200 mil e R$ 10 milhões aplicadas pelo Imap. As ações provocaram danos à floresta de preservação permanente e poluição capaz de afetar a saúde humana, matar animais e destruir a vegetação. LEIA TAMBÉM: Operação da PF investiga suspeita de 'candidata laranja' para cumprir cota de gênero em Itaubal, no AP PF afasta dois servidores da Polícia Civil do Amapá e apreende mais de R$ 1 milhão e € 25 mil em operação O ex-presidente foi condenado por destruição de floresta, poluição, mineração sem autorização, uso irregular de mercúrio e descumprimento de normas ambientais. As penas somaram 2 anos e 8 meses de reclusão, 3 anos de detenção e 222 dias-multa. A Justiça, porém, substituiu a prisão por serviços comunitários e pagamento de cinco salários mínimos a uma entidade assistencial. A cooperativa também foi condenada a recuperar áreas degradadas e a pagar 360 dias-multa. Para a Justiça, o porte financeiro da Coogal torna ainda mais grave sua omissão na reparação dos danos ambientais. Além das penas, foi fixada indenização mínima de R$ 106,7 milhões, calculada pela Polícia Federal. O valor será atualizado até o pagamento e usado na recuperação das áreas afetadas no Distrito do Lourenço. Operação Minamata, em 2017 no Amapá MTE/Divulgação Operação Minamata, em 2017 no Amapá Adevaldo Cunha/Rede Amazônica Operação Ágata em 2024 em garimpo de Lourenço, Calçoene Rafael Aleixo/g1 Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

FONTE: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2025/12/05/cooperativa-e-condenada-a-pagar-r-1067-milhoes-por-crimes-ambientais-no-amapa.ghtml


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